Realizada no segundo andar do Farol Santander Porto Alegre de 19 de julho a 24 de setembro de 2023, “Smart Lights – Luzes Inteligentes” reuniu obras dos renomados artistas brasileiros Anaisa Franco, Gisele Motta e Leandro Lima, Guto Requena, Modular Dreams, Rejane Cantoni e Sabrina Barrios. A mostra é uma imersão no fascinante mundo da light art, com obras que já transitaram no circuito artístico e têm a luz como fonte primária de suas ativações poéticas, seja por meio da interatividade, do site-specific ou da imersão. Foram sete obras no total, cada um com sua abordagem singular: a obra imersiva site-specific de Sabrina Barrios, que utilizou a luz como matéria espacial para criar uma trama luminescente e que faz uma alusão ao metaverso; a escultura autônoma “Zero Hidrográfico”, de Motta & Lima, uma dança robótica de luz e cor, remetendo ao movimento das ondas; a robusta e delicada obra “Periscópio”, de Rejane Cantoni, que proporcionou uma imersão contemplativa em uma homenagem ao deslumbrante pôr-do-sol no Guaíba. Completaram a mostra as obras que são verdadeiras experiências interativas: “Dreamdeck”, da dupla Modular Dreams, “Banco das Emoções”, do Estúdio Guto Requena e “Expanded Iris” e “Love Synthesizer”, de Anaisa Franco. Em comum, essas obras convidavam o público a participar de um universo lúdico, onde a troca de experiências e o compartilhamento de emoções são parte da experiência sensorial.
Smart Lights – Luzes Inteligentes é uma realização do Ministério da Cultura por meio da Lei de Incentivo à Cultura, com patrocínio do Santander Brasil e parceria da Holly Cow.
Instalação interativa que escaneia a íris do usuário e a mescla com galáxias e nebulosas através de um software customizado e de um telescópio impresso em 3-D formado pelo alongamento do escaneamento da íris da artista.
Anaisa Franco cria obras escultóricas afetivas com a missão de ativar o corpo e o espaço público através de uma abordagem lúdica e interativa. A artista usa design paramétrico e fabricação digital integrados à tecnologia para conectar os elementos estruturais físicos com digitais expressos usando luzes, sensores e novos materiais. Suas peças refletem as formas redondas e curvas encontradas nos níveis molecular e macro, conectando e remodelando a maneira como vemos o mundo. Anaisa possui mestrado em arquitetura avançada pelo IAAC, Barcelona, Espanha, um ano de M-Arch 1, na SCI-Arc, Los Angeles, EUA, bem como mestrado em arte digital e tecnologia pela Universidade de Plymouth, Inglaterra, e bacharelado em artes visuais pela FAAP, São Paulo. Suas obras de arte foram apresentadas em diversos países como Estados Unidos, Irlanda, Austrália, França, Alemanha, Espanha, Holanda, Suíça, China, Coreia e Brasil.
Instrumento audiovisual imersivo que sintetiza sons e luzes pelo toque da pele entre duas ou mais pessoas. A obra cria uma orquestra interativa que reage ao contato humano, criando uma ligação mágica entre as pessoas dentro de um instrumento musical envolvente
Anaisa Franco cria obras escultóricas afetivas com a missão de ativar o corpo e o espaço público através de uma abordagem lúdica e interativa. A artista usa design paramétrico e fabricação digital integrados à tecnologia para conectar os elementos estruturais físicos com digitais expressos usando luzes, sensores e novos materiais. Suas peças refletem as formas redondas e curvas encontradas nos níveis molecular e macro, conectando e remodelando a maneira como vemos o mundo. Anaisa possui mestrado em arquitetura avançada pelo IAAC, Barcelona, Espanha, um ano de M-Arch 1, na SCI-Arc, Los Angeles, EUA, bem como mestrado em arte digital e tecnologia pela Universidade de Plymouth, Inglaterra, e bacharelado em artes visuais pela FAAP, São Paulo. Suas obras de arte foram apresentadas em diversos países como Estados Unidos, Irlanda, Austrália, França, Alemanha, Espanha, Holanda, Suíça, China, Coreia e Brasil.
Instalação site specific que utiliza luz, símbolos e repetição para criar uma atmosfera que evoca uma dimensão paralela, um portal entre o espaço físico e o virtual. Visualmente, a obra remete a hologramas, metaversos e outras dimensões, explorando possibilidades de realidades alternativas. Ao mesmo tempo, propõe um resgate à essência por meio da simplificação de formas, cores e da geometria sagrada.
Sabrina Barrios atuava como designer em São Paulo, Londres e Berlim, antes de se mudar para Nova York, em 2009, para concluir seu mestrado no Pratt Institute (Nova York, EUA, 2012). Suas exposições recentes incluem experiências imersivas em todo o mundo, como HoloDeity (Illumination, Nova York, EUA, 2023); Estação Portal (MACS – Museu de Arte Contemporânea de Sorocaba, SP, 2022); Rise of the Missing Planet (NOoSphere Arts, Nova York, EUA, 2022), Frequência do Invisível (MASM – Museu de Arte de Santa Maria, RS, 2019); Feixe (Casa Amarela, São Paulo, 2018); Epic of Creation (Arteles, Haukijärvi, Finlândia, 2017); The Earth Experiment (No4 Studio) e Ley Lines (Wassaic Project), ambas em Nova York, EUA, 2017; Coup d’Etat (Staten Island Cultural Center, Nova York, EUA) e The Horse Rider and The Eagle (Bains Connective, Bruxelas, Bélgica), ambas em 2016; Atlantis (Aabenraa Biennial for Contemporary Art, Dinamarca) em 2015; Orion e Vega (Dumbo Arts Festival, Nova York, EUA, 2014); Degrees of Freedom (Harlem Art Factory Fest, Nova York, EUA, 2013). Sabrina expôs suas pinturas na JustMAD Art Fair (Madri, Espanha, 2016) e Galeria Anita Schwartz (Rio de Janeiro, 2014 e 2015); seus vídeos na Bienal desde Aquí (Barranquilla, Colômbia, 2015) e no MoMA: Abstract Currents (Museu de Arte Moderna, Nova York, EUA, 2013). Suas residências/bolsas incluem The Studios at MASS MoCA (Massachusetts, EUA, 2017); Arteles (Haukijärvi, Finlândia, 2017); The Bronx Museum–AIM Program (Nova York, EUA, 2016); Just Residence–Fundação Banco Santander (Málaga–Madri, Espanha, 2016); Bains Connective (Bruxelas, Bélgica, 2016); e The Wassaic Project (Nova York, EUA, 2015). O trabalho de Sabrina foi incluído na Quarta Bienal do Museu do Bronx em Nova York (2017) e na Bienal de Baku no Azerbaijão (2019). Vive atualmente entre Nova York e Rio de Janeiro, fazendo arte participativa e multimídia.
Escultura site specific com dez metros de comprimento, projetada para envolver o visitante em uma paisagem. Na extremidade do cilindro, uma tela de projeção exibe o horizonte de Porto Alegre em diferentes momentos e condições climáticas, transportando-o para uma experiência visual única.
Rejane Cantoni trabalha com instalações interativas, site specific, em grande escala. Convidada por instituições a criar obras em várias cidades em todo o mundo, desenvolve instalações inovadoras que oferecem mediações viscerais sobre como os indivíduos percebem e se comunicam nos espaços que habitam. Expôs no Ars Electronica (Linz, Áustria; Berlim, Alemanha; Cidade do México, México), The Creators Project (Nova York, EUA; São Paulo), ZKM | Media Museum (Karlsruhe, Alemanha), Glow and STRP Festivals (Eindhoven, Holanda), Moscow Biennale of Contemporary Art (Moscou, Rússia), Espacio Fundación Telefônica (Buenos Aires, Argentina), Copenhagen Contemporary Art Festival (Dinamarca), FILE – International Festival of Electronic Language (São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba, Porto Alegre), Synthetic Times – Media Art China 2008 (Pequim, China), Zeebrastraat (Gent, Bélgica), Mois Multi (Québec, Canadá), Thingworld – International Triennial of New Media Art 2014 (Pequim, China), Ruhrtriennale 2014 (Duisburg, Alemanha), Asia Culture Center/ACC (Gwangju, Coreia do Sul), Wonderspaces (San Diego e Scottsdale, EUA), Wavelength (Shenzhen, Xangai, Pequim [China]), Floras (São Paulo, Rio de Janeiro; Bogotá, Colômbia; Lisboa, Portugal; Web3). Rejane é pós-doutora em artes, doutora e mestre em comunicação e semiótica, e mestre do Programa de Estudos Superiores das Tecnologias da Informação da Universidade de Genebra, Suíça. Antes de se tornar artista independente, foi vice-diretora e professora da Faculdade de Matemática, Física e Tecnologia da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo – PUC. É membro da Interplanetary Initiative, Arizona State University, EUA.
Brinquedo eletrônico interativo para todas as idades que também funciona como um mobiliário. O movimento e o peso do próprio corpo de quem sobe no relevo interativo instalado no chão acionam as imagens dos vídeos cintilantes que alimentam a malha de LEDs disposta sob a obra.
Criado pelos artistas Danilo Barros e Priscilla Cesarino, o estúdio Modular Dreams trabalha a arte de forma expandida e imersiva. Seus principais elementos de linguagem são o movimento e a luz, sempre amarrados por uma coesão conceitual e estética. Sua visão e intento são, cada vez mais, borrar as bordas entre a arte e a vida através de suas ações e criações. Com essa missão, e alicerçadas na arte visual, suas obras assumem diversas formas como vídeos musicais, projeções mapeadas, cenografias interativas em LED art, performances audiovisuais, instalações site specific e arte impressa dos mais variados tamanhos e formatos. O Modular Dreams está entre os artistas mais relevantes e atuantes na cena cultural eletrônica de São Paulo, ajudando a formatá-la e conceituá-la desde o início de suas revoluções na capital, destacando-se por sua residência na festa Capslock, muitas intervenções na ODD e participações marcantes no festival holandês DGTL (em uma dessas participações, foram responsáveis por um palco inteiro e se apresentaram para mais de 10 mil pessoas, com uma excelente resposta do público e dos organizadores do festival). O estúdio ainda se destaca por ter realizado inúmeros trabalhos para marcas importantes como Natura, Rock in Rio, Netflix, Santander, Itaú Cultural, Museu da Imigração, Pixel Show, Red Bull, TNT, Casa de Criadores, T-Jamas, Santista Têxtil, O2 Produções, Agência Bullet e muitas outras.
Mobiliário interativo onde os participantes podem se sentar e sentir o coração do outro em tempo real. Com sensores especialmente posicionados, a frequência cardíaca é transmitida por meio de efeitos luminosos e vibrações aplicadas à estrutura de madeira do banco, em sincronia com a iluminação.
Guto Requena graduou-se em arquitetura e urbanismo, em 2003, pela Universidade de São Paulo. Durante nove anos, foi pesquisador do NOMADS.USP (Centro de Estudos de Habitares Interativos da Universidade de São Paulo). Em 2007, obteve seu mestrado pela mesma universidade, com a dissertação “Habitar híbrido: Interatividade e experiência na era da cibercultura”. Em 2008, Guto fundou o Estudio Guto Requena. Desde então, recebeu diversos prêmios, palestrou e expôs em mais de vinte países. Entre 2012 e 2015, Guto foi colunista de design, arquitetura e urbanismo no jornal Folha de S.Paulo, além de colaborar com diversas revistas. Desde 2011, Guto cria, roteiriza e apresenta séries para TV, web e cinema.
Estúdio Guto Requena
O Estudio Guto Requena reflete sobre memória, cultura e poéticas narrativas nas diferentes escalas do design, como objetos, espaços e cidades. O Estudio se divide em quatro núcleos de projeto: Núcleo de Arquitetura, onde criam interiores, cenografias e edifícios; Núcleo de Produto, em que desenham objetos e mobiliário; Núcleo de Comunicação e Mídias, desenvolvendo programas para TV e web, consultorias, livros, palestras e eventos; e, finalmente, o Núcleo Juntxs – Laboratório para Estudos de Empatia, Design e Tecnologia, em que concebem instalações imersivas e experiências interativas. O que conecta todos os projetos do Estudio Guto Requena é seu desejo de investigar design e tecnologias digitais de modo emocional, para estimular a empatia e o coletivo. Sua grande paixão está em hibridar o analógico ao virtual.
Instalação cinética formada por lâmpadas e sistema motorizado de modo a compor um plano luminoso suspenso que emula o movimento da superfície das ondas do mar. Zero Hidrográfico (Chart Datum) é a altitude tomada como baliza para aferir a profundidade dos oceanos, cujas águas tendem a se elevar diante do aquecimento global.
A parceria entre Gisela Motta e Leandro Lima começou no final dos anos 1990. Desde então, o trabalho da dupla já foi apresentado em exposições como Yano-a (Galeria Claudia Andujar, Instituto Inhotim, Brumadinho, MG); Construções e Geometrias (Museu Brasileiro da Escultura, São Paulo); Amazônia. The Shaman and Mind of the Forest (Museu de História de Nantes, França), todas em 2019; Entreter (Farol Santander, São Paulo) e Público confuso e privado (Terceira Bienal de Fotos de Pequim, China), ambas em 2018; Trienal de Imagem de Guangzhou (Museu de Arte de Guangdong, China), em 2017, entre outras. Seu trabalho integra coleções como CIFO Art Foundation Collection (Miami, EUA); Instituto Figueiredo Ferraz (Ribeirão Preto, SP); Instituto Itaú Cultural (São Paulo) e Coleção Pinacoteca de São Paulo.